Sobre esse milhão de almas desperdiçadas, pelo medo do diferente, eu digo:
Parem com esse silêncio sem jeito.
Parem com essas janelas fechadas.
Deixem o canto invadir o dia.
Mas não me convidem para o enterro das ilusões.
Eu estarei vendo o mar.
E só em vê-lo, estarei feliz.
Deixem-me esquecer quem eu sou.
Nas terças-feiras, depois das quatro.
E aos que apenas sobrevivem,
meu mais profundo desprezo.
Por não estimularem o incomum em si,
e serem lentamente arrastados pela maré da adaptação.
Por mais doce que ela pareça,
é a morte da espécie,
que parou no sinal
e continuou parada quando ficou verde.
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