domingo, agosto 26, 2012

O amor é uma flor
que nasce num canto.
E que apesar do espanto,
ou do desencontro,
termina em pranto.

Um pronto maremoto
no mar interior.

Um cancro no mastro
do mar morto
do monstro.

E se mesmo casto,
no vasto campo
da eternindade,

não é mais
que um canto,
agora prenhe
dessa saudade.

para Heleno de Freitas

Nilo Neto