Ando em silêncio pela casa,
Esperando ouvir um passo teu.
Não choro mais,
Medo de não ouvir bem o telefone,
Que nunca tocou.
De que são feitas estas sombras
No quarto quieto,
Quando a razão já sabe...
Teu corpo está longe,
Luz que se esconde,
Entre as dobras da cortina,
Hoje empoeirada de tentar
Te esquecer.
Essa minha lamentação,
Também passará despercebida.
Talvez alguém me pergunte,
Na repartição, no açougue ou no bar,
Por um certo sorriso tranqüilo,
Que carregava sem saber,
No bolso vazio da calça...
Hoje permaneço em imóvel solução,
Desesperada e calejada
Pelas imensas horas.
Andando em silêncio pela casa,
Ouvindo o passado e a solidão.
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