terça-feira, abril 06, 2004

Meu coração exaltado agita-se,
Ante a visão inesperada
De insepulta dor.

A que se deve tal renascimento,
Que cruel realidade mal dissimula,
Esse outrora cordato companheiro,
Hoje, mais que bater, inconformado pula.

Não sabia, por mais anestesiado está,
não suportaria mais essa atrocidade.
Emaranhado nos labirintos da saudade,
Pôs-se a lamuriar pela amada do Ceará.

Mil vezes maldito sentimento que não morre.
Vai-te de mim, quero dormir sem chorar.
Quem sabe noutra vida possa um dia estar,
Ao lado dela, que hoje longe, não me socorre.

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