Para uma certa burguesa filha da puta:
As doces lembranças das manhãs no lago
Um dia, um imbecilzinho de merda,
Do alto de seu castelo de sombras,
Desejando poder e dinheiro,
Inventou a normalidade.
E sentia prazer e satisfação
Em explorar as estranhezas legítimas
das outras pessoas.
Assim foi também que outros imbecis do mesmo quilate,
Inventaram: a beleza, a verdade, a justiça e deus.
Como se isso pudesse existir além da subjetividade,
Da experiência única e intransferível, de cada um.
E se intitularam porta vozes dessas idéias.
Sempre desejando o mesmo prazer egoísta.
Assim destruíram o planeta.
E foderam com a paciência de muitos.
Palmas para eles, que eles merecem.
Um comentário:
"E tem o seguinte, meus senhores: não vamos enlouquecer, nem nos matar, nem desistir. Pelo contrario: vamos ficar ótimos e incomodar bastante ainda"
Caio Fernando Abreu
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