ando seco.
a pena esturricou.
o coração fechado
pra balanço
do barco.
um caco
de telha
sem uso.
intruso,
em meu próprio
castelo de espelhos.
todos os que percebo,
todas as sombras e a base,
são mesmo o fim da escada.
e não me peçam mais nada.
eternos espinhos cravados.
metáforas gastas e pobres.
deixem-me torrar os cobres,
nos sons da poesia alheia.
nessa gente feita de areia.
tudo emancipado e nu.
tudo acidente, sem conexão.
até que chova em meu coração.
Um comentário:
Caríssimo poeta,
Como admiradora de seu trabalho, fico feliz
por ter chovido no seu coração e o semi-árido molhado do seu sertão
traga a seus fãs esses três belos poemas "felizes" como meninos.Parabéns!
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