terça-feira, novembro 13, 2007

fome dos olhos da mulher amada.
De uma vida menos ordinária.
fome de rir sem motivo.
e de aceitar a morte com seus espinhos.

fome de tudo que não fazia sentido,
e hoje é celebrado em silêncio.
do gosto do gozo há muito esperado.
da tua mão em meus segredos.

fome que há de ser sempre fome.
que não pretende ser luz na escuridão.
fome que empacota meus vazios
e deixa a lembrança de outra canção.

fome de acreditar que combinar cores impossíveis,
pode ser melhor que qualquer poesia.
fome da cama vazia, depois do amor
e de tudo o que não entendi naquele dia.

fome de estar em você,
cozinhar pra você,
dormir com você.
fome de te esquecer.

5 comentários:

Gabriela Galvão disse...

Tb disponibilizei o link deste aqui... tah me cheirando a tietagem, argh! hahah...

Anônimo disse...

pesadas mãos, mas primeiro amor...

Audrey disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

"Não suporto almas estreitas: não têm nada de bom, tampouco nada de mau".

Friedrich Nietzsche

Anônimo disse...

..."Multipliquei-me para me sentir, Para me sentir, precisei sentir tudo, Transbordei, não fiz senão extravasar-me, Despi-me, entreguei-me..." - Álvaro de Campos (A passagem das horas)