Minha fantasia de louco,
tem papoulas de vidro,
costuradas no pano
dourado.
Ela sabe
o nome dos peixes
desse aquário.
Nomes estranhíssimos.
Eu acho que ela inventa,
enquanto passa manteiga no pão,
distraída, nas tardes calmas
das campinas.
Esse se chama barbelinho,
aquele azul, lamba limba.
Depois me diz,
sem introdução,
que eu sou
o primeiro amor dela.
A luz do sol reflete minha roupa,
enquanto eu danço no espaço.
Tudo o que não for riso,
está definitivamente
guardado no sótão.
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