terça-feira, novembro 06, 2007

Eu me enfronho
Nestas nuvens de saberes
E pouquíssima esperança.

Sou o imitador maior
De desconhecidas fórmulas
Sem uso.

Quando digo que te amo
Estou querendo dizer
Que me oprime
Cada minuto longe
De acordar contigo
E tomar um café da manhã
Em silêncio.

Aonde estaria esse deus,
Que nos faz de mãos estendidas,
Sem poder nunca nos tocar.
Somente: palavras, imagens, sons...

O auge da poesia,
Será esse instante
Antes do raio rasgar o céu?

4 comentários:

Audrey disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

"Há histórias tão verdadeiras que às vezes parece que são inventadas."

Manoel de Barros

Anônimo disse...

"Quem não compreende um olhar, tampouco compreenderá uma longa explicação."

Mário Quintana

Anônimo disse...

Fio


No fio da respiração,
rola a minha vida monótona,
rola o peso do meu coração.


Tu não vês o jogo perdendo-se
como as palavras de uma canção.


Passas longe, entre nuvens rápidas,
com tantas estrelas na mão...


— Para que serve o fio trêmulo
em que rola o meu coração?

Cecília Meireles