domingo, novembro 25, 2007

desterrados de novo



pululam

palavras

na mente fogo

a teia



só não há rima

e nem solução



guerra não declarada

frio e fome

de sermos ouvidos



estrangeiros

em nossa própria

terra



pasárgada era

a gente não sabia

ou fingia não saber

pra não voar daqui



diz traídos

venceríamos

agora

a nostalgia precoce



e as dores do parto

mas para onde?

2 comentários:

Anônimo disse...

amo ler, re-ler, entre-ler... como se encaixam e se feito quebra cabeças e odeio quebra cabeças!aliais odeio tudo.

Anônimo disse...

"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada."
Clarice Lispector