quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Alguém aí, faz o favor de entender,
porque é melhor me fazer de contido,
porque o meu grito é descabido,
porque eu sou o filho da discórdia,
e cada verso meu, deve permanecer escondido,
porque eu sou o mal resolvido,
o que não acredita na força da família
e a cada passo condena sua cria,
o que não vê, não ouve e está sozinho,
afastando toda a possibilidade do ninho,
deveria ser jogado fora, sem demora,
pois não acredita na danação final,
aquele que está calado diante do bem
e mais ainda diante do mal.

Esse sou eu e te propõe num dia,
o resultado de toda a euforia,
e acordaria intacto, num sorriso,
isso é tudo o que eu não preciso.
Adeus então, mais uma vez, amada,
sejas a última abençoada,
com minha voz de poeta ateu.
Daquele que sempre foi teu
e jamais acreditou na tua sina
arrancando a voz dessa outra menina.

Te amo, obrigado, até nunca mais,
em nome desses outros animais,
fica a minha palavra escrita,
é uma força de quem acredita
que um dia seremos um.
um beijo, um abraço, clac, bum.

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