segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Nietzscheana

Eu te revi na entrelinha de um poema,
sentada numa cadeira de sol.
Eu suspirei teu nome no limite perfeito
entre o desejo e o medo.

Não fui eu e acreditei numa mudança.
Não fui eu e aguardei uma resposta.
Não fui eu e lembrei daqueles dias.

Eu te aguardarei, pelos outros que virão
e já meio alquebrado, calvo,
serei mais uma vez o fiel portador
da armadura prateada.

Até que me consuma a imensa vontade de te ter,
impossível desde sempre
e eu desapareça da tua vida
por outros tantos anos.

Eterno retorno do grande amor.

Nenhum comentário: