Nietzscheana
Eu te revi na entrelinha de um poema,
sentada numa cadeira de sol.
Eu suspirei teu nome no limite perfeito
entre o desejo e o medo.
Não fui eu e acreditei numa mudança.
Não fui eu e aguardei uma resposta.
Não fui eu e lembrei daqueles dias.
Eu te aguardarei, pelos outros que virão
e já meio alquebrado, calvo,
serei mais uma vez o fiel portador
da armadura prateada.
Até que me consuma a imensa vontade de te ter,
impossível desde sempre
e eu desapareça da tua vida
por outros tantos anos.
Eterno retorno do grande amor.
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