P.A.
Eu só queria um abraço,
depois de anos de cansaço,
de desterro anunciado,
simplesmente estar ao teu lado,
velho, difícil, labirinto tão comum,
lento transformar-me em mais um.
Mas não, jamais serei um abrigo,
um ordinário tal pau amigo,
pros dias de chuva e frio,
pras noites de algum vazio.
Tua alma velha pede mais,
desordenada mesa de mil comensais,
comentando sobre as possibilidades,
construindo em terra de vaidades,
sobretudo no que somos tão inúteis,
abandonamos esses desejos fúteis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário