Eu queria compartilhar contigo
as graças do silêncio
e a qualquer momento,
ouvir tua gargalhada,
remédio para a minha
profunda solidão.
Quero estar sempre na hora certa
e no lugar certo do teu coração.
Mente astuta, corpo reto,
respirar somente o necessário
e descobrir esse infinito abcdário
de que são feitas as tuas emoções,
mil milhões de novíssimas canções.
Transgredida a função precípua do medo:
manter vivo o organismo pensante,
de agora em diante fica decretado,
não há mais nenhum lugar sagrado,
a não ser estar ao teu lado.
Saber-te viva, o grande milagre,
próxima e acessível, o segundo.
E se, num futuro qualquer,
estivermos juntos e misturados,
sermos símbolos da paz no ar,
para quem quiser olhar
e souber voar.
Floripa, 19/07/14
quinta-feira, novembro 05, 2015
P.A.
Eu só queria um abraço,
depois de anos de cansaço,
de desterro anunciado,
simplesmente estar ao teu lado,
velho, difícil, labirinto tão comum,
lento transformar-me em mais um.
Mas não, jamais serei um abrigo,
um ordinário tal pau amigo,
pros dias de chuva e frio,
pras noites de algum vazio.
Tua alma velha pede mais,
desordenada mesa de mil comensais,
comentando sobre as possibilidades,
construindo em terra de vaidades,
sobretudo no que somos tão inúteis,
abandonamos esses desejos fúteis.
Eu só queria um abraço,
depois de anos de cansaço,
de desterro anunciado,
simplesmente estar ao teu lado,
velho, difícil, labirinto tão comum,
lento transformar-me em mais um.
Mas não, jamais serei um abrigo,
um ordinário tal pau amigo,
pros dias de chuva e frio,
pras noites de algum vazio.
Tua alma velha pede mais,
desordenada mesa de mil comensais,
comentando sobre as possibilidades,
construindo em terra de vaidades,
sobretudo no que somos tão inúteis,
abandonamos esses desejos fúteis.
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