domingo, agosto 07, 2011
sábado, março 12, 2011
domingo, fevereiro 20, 2011
quero te esgotar dentro de mim
não aguento mais
quero uma camisinha pro meu espírito
não quero mais te sentir
quero ficar quieto de vez em quando
mas o teu fantasma é muito barulhento
arrasta panelas pela casa
esquece de fechar a porta
preciso de um minuto comigo
pra encontrar aquela chave
e te tirar do meu baú
para de tomar cerveja sozinha
em sábado de lua cheia
pra depois ficar me ligando
e dizer que eu sou
o homem da tua vida
mas quando eu te quis
tu fugiste, de novo,
de novo e de novo...
agora preciso ficar
um pouco comigo
e sozinho
reiventar essa solidão
feita dos orgasmos
que não tivemos juntos
das noites de verão
que não viram
nosso sorriso na sacada
dos sabores de pizza
que não provamos juntos
da velha canção de amor
que não embalou
nossos dias pela cidade
vai embora de dentro de mim
mulher estranha
que precisa aprender
a pular muros
jogar fora o cabeção
antes de poder
me pedir em casamento
pros meus pais
e finalmente a gente
poder fazer a nossa filhinha.
não aguento mais
quero uma camisinha pro meu espírito
não quero mais te sentir
quero ficar quieto de vez em quando
mas o teu fantasma é muito barulhento
arrasta panelas pela casa
esquece de fechar a porta
preciso de um minuto comigo
pra encontrar aquela chave
e te tirar do meu baú
para de tomar cerveja sozinha
em sábado de lua cheia
pra depois ficar me ligando
e dizer que eu sou
o homem da tua vida
mas quando eu te quis
tu fugiste, de novo,
de novo e de novo...
agora preciso ficar
um pouco comigo
e sozinho
reiventar essa solidão
feita dos orgasmos
que não tivemos juntos
das noites de verão
que não viram
nosso sorriso na sacada
dos sabores de pizza
que não provamos juntos
da velha canção de amor
que não embalou
nossos dias pela cidade
vai embora de dentro de mim
mulher estranha
que precisa aprender
a pular muros
jogar fora o cabeção
antes de poder
me pedir em casamento
pros meus pais
e finalmente a gente
poder fazer a nossa filhinha.
(pro vinicius de moraes que fez a música mais linda do mundo... eu sei que vou te amar)
qualquer coisa que ela toque,
qualquer sonho dela,
qualquer jeito dela pegar a caneta,
qualquer sobra de pizza dela,
qualquer lágrima em filme meloso,
qualquer tango,
qualquer samba,
qualquer roquenrou.
tudo isso me faz saber
que sou mais triste que o poetinha,
porque não estou com ela
quando escrevo esse poeminha.
qualquer coisa que ela toque,
qualquer sonho dela,
qualquer jeito dela pegar a caneta,
qualquer sobra de pizza dela,
qualquer lágrima em filme meloso,
qualquer tango,
qualquer samba,
qualquer roquenrou.
tudo isso me faz saber
que sou mais triste que o poetinha,
porque não estou com ela
quando escrevo esse poeminha.
sexta-feira, fevereiro 18, 2011
quem é essa mulher
que me toma pela mão
nessa noite fria de verão?
quem é essa que me chama
de meu homem, meu amor meu chão?
ela me fez cativo
da pena final
ela é minha sina
meu código penal
quem é essa dona
que mora no meu coração
que me olhou desse jeito
como se me conhecesse
melhor que minha mãe?
quem deixou que ela me achasse
nesse mar de iniquidades
nesse vale de lágrimas
e que sorrisse pra mim
como se o fim do mundo
nunca fosse acontecer
e sem promessas vazias
me pediu tempo pra descobrir
o que fazer comigo
pra me carregar no colo
quando a tempestado vier
e ser meu porto seguro
depois da guerra do dia a dia
ela me perguntou,
como só quem tem coração de criança faz
o que voce quer comigo?
e eu relutei
eu finalmente emudeci
então disse
eu quero viver um grande amor contigo
e ela acreditou
e hoje estamos de mãos dadas
aguardando a nave
que nos levará
de volta para o infinito
quem é essa mulher?
quem é essa deusa viva?
quem é essa passagem pro paraíso?
eu agora estou vivo
eu
não
estou
mais
sozinho
posso respirar
posso te amar
posso me aninhar
posso enfim morrer.
que me toma pela mão
nessa noite fria de verão?
quem é essa que me chama
de meu homem, meu amor meu chão?
ela me fez cativo
da pena final
ela é minha sina
meu código penal
quem é essa dona
que mora no meu coração
que me olhou desse jeito
como se me conhecesse
melhor que minha mãe?
quem deixou que ela me achasse
nesse mar de iniquidades
nesse vale de lágrimas
e que sorrisse pra mim
como se o fim do mundo
nunca fosse acontecer
e sem promessas vazias
me pediu tempo pra descobrir
o que fazer comigo
pra me carregar no colo
quando a tempestado vier
e ser meu porto seguro
depois da guerra do dia a dia
ela me perguntou,
como só quem tem coração de criança faz
o que voce quer comigo?
e eu relutei
eu finalmente emudeci
então disse
eu quero viver um grande amor contigo
e ela acreditou
e hoje estamos de mãos dadas
aguardando a nave
que nos levará
de volta para o infinito
quem é essa mulher?
quem é essa deusa viva?
quem é essa passagem pro paraíso?
eu agora estou vivo
eu
não
estou
mais
sozinho
posso respirar
posso te amar
posso me aninhar
posso enfim morrer.
quinta-feira, fevereiro 17, 2011
Poema em três tempos
1. Antes de te encotrar...
As palavras
Velhas companheiras
Da luta
Contra a dura realidade
Escorrem pela caneta,
Se espatifam no papel,
Pra tentar dizer, sempre,
O que o silêncio sabe mais,
Que o amor emudece,
E traz calor às mãos.
2. Durante nosso encontro...
Tenta fugir,
Corre,
Faz do vento tua força,
Do mar tua estrada,
Vai pra bem longe daqui.
Mas a lua,
A espiã do meu amor
Vai te encontrar
E te dizer, brilhando,
De todo o meu encanto.
Alea jacta est
3. Depois de te encontrar...
A lua, meu amor,
É dos namorados
E no seu passeio alado
Ela nos revela seu segredo,
Não há medo que vença o amor,
Não há palavra que esconda meu calor
E assim,
Embriagado com teu perfume
De jasmim,
Eu saio de mim
Abandono a velha cantiga
E esquecido do passado sigo a trilha
Desse encanto misterioso
Eu sou teu e você é minha,
E tendo a lua por testemunha,
Reacendo nossa chama,
Tudo o que nos cerca trama,
Vencido estou pela magia,
Queres alguma outra canção?
Toma meu coração
Ele já não me pertence
Grito e, quieto te chamo:
Elisa Eu te amo!
terça-feira, fevereiro 15, 2011
parole
eu te amo como um poço seco
como uma pomba atravessando uma floresta em chamas
amo como um surfista olhando o mar num dia sem ondas
eu te amo como a barata olhando o chinelo levantado
eu te amo como uma sombra sem dono
como uma mãe que reencontra o filho perdido no shopping
amo como um dia de sol no deserto
eu te amo como a fruta mais doce colhida no pé
eu te amo todo dia
e passo o tempo procurando palavras novas dentro de mim
pra te dizer que te amar é fácil
como nascer de novo
como uma pomba atravessando uma floresta em chamas
amo como um surfista olhando o mar num dia sem ondas
eu te amo como a barata olhando o chinelo levantado
eu te amo como uma sombra sem dono
como uma mãe que reencontra o filho perdido no shopping
amo como um dia de sol no deserto
eu te amo como a fruta mais doce colhida no pé
eu te amo todo dia
e passo o tempo procurando palavras novas dentro de mim
pra te dizer que te amar é fácil
como nascer de novo
domingo, janeiro 09, 2011
sexta-feira, janeiro 07, 2011
Quem me dera descobrir,
numa tarde amena,
que eu sou o pai de mim mesmo.
E que todas as possibilidades do caminho,
fui eu mesmo que inventei,
quando era capaz de uma inocência
sem fronteiras.
Quem dera eu poder te abraçar
e me diluir na paz desse amor.
Desfraldar a bandeira da ausência do ego
e mergulhar na tua candura mais secreta.
Eu bem que mereço ser feliz um dia,
mas tudo isso não pertence ao tempo.
Eu sei que estás protegida.
Eu quero cantar essa versão do meu nunca,
mas agora vou descansar,
sob a sombra das flores insuspeitas
e morrer outra vez:
aqui jaz um homem esquecido de si.
numa tarde amena,
que eu sou o pai de mim mesmo.
E que todas as possibilidades do caminho,
fui eu mesmo que inventei,
quando era capaz de uma inocência
sem fronteiras.
Quem dera eu poder te abraçar
e me diluir na paz desse amor.
Desfraldar a bandeira da ausência do ego
e mergulhar na tua candura mais secreta.
Eu bem que mereço ser feliz um dia,
mas tudo isso não pertence ao tempo.
Eu sei que estás protegida.
Eu quero cantar essa versão do meu nunca,
mas agora vou descansar,
sob a sombra das flores insuspeitas
e morrer outra vez:
aqui jaz um homem esquecido de si.
quarta-feira, janeiro 05, 2011
Com que fome,
com que sede,
eu te retribuo.
Desmarcando a hora,
embaralhando o acertado,
cuspindo fora a regra,
talhando o leite...
Eu não tô rindo,
nem acho engraçado.
Não sei explicar,
mas entendo.
O pescador
chama de cerco,
mas hoje
não tem tainha
pra você.
Eu já sabia que ia dar nisso,
mas não desse jeito.
Não conhecia uma mulher
tão parecida comigo.
E continuo sem conhecer.
Nilo
com que sede,
eu te retribuo.
Desmarcando a hora,
embaralhando o acertado,
cuspindo fora a regra,
talhando o leite...
Eu não tô rindo,
nem acho engraçado.
Não sei explicar,
mas entendo.
O pescador
chama de cerco,
mas hoje
não tem tainha
pra você.
Eu já sabia que ia dar nisso,
mas não desse jeito.
Não conhecia uma mulher
tão parecida comigo.
E continuo sem conhecer.
Nilo
A Morte do Herói de Dentro
Mas agora quem habita
essa conduta vã,
não mais acredita
nos princípios.
Como naus
que voejam pelas causas
outrora certeiras.
Não há mais maneiras,
somente o caminhar.
Precipícios, desejos, beiras,
estar poeticamente no mundo,
imperceptível claudicar,
furúnculo na crosta de tudo.
Expressão dessa desesperança
que já não sabe ser má, nem boa.
Terra infértil que se desboroa.
Velha cantiga que pensei tatuada,
agora borrada e sumindo,
com a chuva que cai,
na pele dos meus sonhos mortos.
Mas agora quem habita
essa conduta vã,
não mais acredita
nos princípios.
Como naus
que voejam pelas causas
outrora certeiras.
Não há mais maneiras,
somente o caminhar.
Precipícios, desejos, beiras,
estar poeticamente no mundo,
imperceptível claudicar,
furúnculo na crosta de tudo.
Expressão dessa desesperança
que já não sabe ser má, nem boa.
Terra infértil que se desboroa.
Velha cantiga que pensei tatuada,
agora borrada e sumindo,
com a chuva que cai,
na pele dos meus sonhos mortos.
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