É sempre esse caminho arenoso e só.
É sempre esse deserto cercado de eus.
Sombras de desejos não realizados.
Dores tão secretas e agora à flor da pele.
Mas ela me estica a mão e me fala
de uma caverna encantada
aonde somos felizes sem saber.
Aonde reina o silência feito de paz.
E assim mais um dia fica possível.
E assim consigo dormir.
E não me dói tanto acordar.
Senão para sonhar com esse dia.
Ela não sabe o destino.
Mas me anima a caminhar.
Nilo Neto
no amanhecer de um dia dezembrino 2010
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