abro meus braços pra te aninhar
deixo o sorriso bobo na fachada
tudo que eu não quero encontrar
vive passando na calçada
um dia a palhaça ficou quieta
viveu seu dia de um jeito estranho
um dia ela revelou a senha secreta
e minha alma ficou desse tamanho
agora quem está no circo sou eu
não faz mais sentido morar na casa
não quero mais ser um quer prometeu
hoje eu vou ser a tua outra asa
aprende que aqui terás sempre o sim
mesmo que o espelho te mostre outra
nesse longo baile de jardim
não há força que possa ser contra
nos amamos desde o primeiro segundo
percebemos logo o eterno e o infinito
agora nos resta ganhar o mundo
porque estamos perdidos no mesmo grito
domingo, setembro 28, 2008
terça-feira, setembro 23, 2008
sobrevivo, porque minha faina
é um ardil contra a certeza
dos que não se conseguem perceber
fazendo parte de nada.
e assim,
nesse auto imposto exílio,
permanecem ancorados
em pequenos delírios de encontros,
a beira de um poço seco,
aonde não se atiram mais desejos
sobrevivo por conta do desacordo
que estremece as pontes
entre a cidade morta
e o continente dos ventos vadios
sei que ainda respiro
quando me cobre o olhar uma asa partida,
alma cansada que como a minha
está mirando mas não vê o horizonte.
não, não cairei pela milésima vez
dessas falésias, na escuridão.
somente fixarei minha lança
no mais alto monte do segredo
e tudo permanecerá tão pálido
quanto sempre.
é um ardil contra a certeza
dos que não se conseguem perceber
fazendo parte de nada.
e assim,
nesse auto imposto exílio,
permanecem ancorados
em pequenos delírios de encontros,
a beira de um poço seco,
aonde não se atiram mais desejos
sobrevivo por conta do desacordo
que estremece as pontes
entre a cidade morta
e o continente dos ventos vadios
sei que ainda respiro
quando me cobre o olhar uma asa partida,
alma cansada que como a minha
está mirando mas não vê o horizonte.
não, não cairei pela milésima vez
dessas falésias, na escuridão.
somente fixarei minha lança
no mais alto monte do segredo
e tudo permanecerá tão pálido
quanto sempre.
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