sexta-feira, agosto 12, 2005

Sementeira

Se há mentira,
sê minha, tira,
de vez, de mim,
tudo o que me faz capim,
não fruta ou flor.

Tudo o que não,
todo o desamor
desse meu coração.

Se contudo,
eu me iludo,
faz-me tudo,
mas não deixa nascer,
senão depois,
morrerá inútil,
aquela semente fútil,
filha da vaidade,
prima da infelicidade,
mãe que só faz sofrer.