O amor é uma flor
que nasce num canto.
E que apesar do espanto,
ou do desencontro,
termina em pranto.
Um pronto maremoto
no mar interior.
Um cancro no mastro
do mar morto
do monstro.
E se mesmo casto,
no vasto campo
da eternindade,
não é mais
que um canto,
agora prenhe
dessa saudade.
para Heleno de Freitas
Nilo Neto