dança no meu coração uma mulher bailarina,
esquecida de chorar,
seus pés vão desenhando no chão estrelado,
a canção do amor maior
não existe canção,
não existe palco,
não existe luz
existe a sombra do desejo
de viver outra realidade,
longe das amarguras da rotina,
do apego
mas tudo não passa de um sonho
e ela se vai na dobra da luz da lua
e recai sobre nós a verdade fria da distância
adeus meu amor.
terça-feira, novembro 30, 2010
sexta-feira, novembro 12, 2010
NO MEIO DA PEDRA HAVIA UM CAMINHO
Ao mestre Lao Tsé, pelos silêncios per(feitos) de nada...
Quando a mais minúscula chama,
inflama a maior floresta,
toda calma que distrai a natureza,
transforma a figura mais ligada na trama.
Desconstrói a moleza da lama,
cria a toca secreta do caranguejo.
Deus branco encantado na areia,
desaparecido no mimetismo de pertencer
ao maior complexo ZEN destino,
dissolvido na neblina da montanha.
Despertar um outro,
o camaleão na frente do espelho.
Não mais o verde, azul, vermelho.
Somente a sombra da última dimensão.
Não mais o sim e o não,
tribo da redenção,
desgosto do pai e patrão.
Tudo que deveria ser e sua velha família,
desaprendida de seguir a trilha,
a velha montanha desconhecida,
agora sim, descoberta e acesa,
tudo o que se faz sobre a mesa.
A mais secreta flor agora deposta e calada,
tem outra fachada, outra entrada, outra alma sagrada.
Esse é o destino do mestre em busca da imortalidade.
Sua alma já não comporta outra vaidade,
a não ser a de estar vivendo a vida do homem comum.
Ser mais um, mais uma e mais um.
Filhos, casa, imposto e lugar pra cair morto.
Fantástico desprendimento,
atento, seu pedido foi ouvido pelo pai,
vai em paz, segue o teu caminho, meu filho,
porque a tua sina é o meu carinho...
E assim está sobre o mundo sem ser visto
tudo o que ele havia previsto,
ainda menino, nas suas andanças paradoxais,
nas terras dos velhos cães e pardais,
do mestre lontra, do seu avô nadador,
da cidade perdida, atrás de outro contador de histórias.
E assim sua velha calma retornou e ele feliz,
distante da cansada e amada meretriz,
vai certo de que sua luz anda como sua sombra...
Toda onda agora, resumida ao tao,
ao símbolo escrito em seu coração,
ele agora é todo feito dessa velha canção,
que tantos ainda não conseguiram compreender.
Mas ele não precisa mais se defender,
simplesmente está atento, olhos abertos, mas sem desejar,
sem sonhar, sem querer outra folha aberta no seu livro,
feito de imagens, contando, cortando, implantando outras vaidades,
outras saudades, outras diversidades,
apenas crê que nada aqui tem fim.
Sabe que a morte é mais uma estranha ilusão,
como o tempo, a liberdade e a solidão.
Toda sua mente está clara e silenciosa.
Nada mais lhe apresenta essa custosa citação,
do velho senhor que morava na montanha,
que desceu e questionou a presença do pater familiae,
aquele que não interfere no processo,
o sem nome dos sem sucesso.
E nesse momento enfim,
cumpriu sua sina e fez outro fim.
Ao mestre Lao Tsé, pelos silêncios per(feitos) de nada...
Quando a mais minúscula chama,
inflama a maior floresta,
toda calma que distrai a natureza,
transforma a figura mais ligada na trama.
Desconstrói a moleza da lama,
cria a toca secreta do caranguejo.
Deus branco encantado na areia,
desaparecido no mimetismo de pertencer
ao maior complexo ZEN destino,
dissolvido na neblina da montanha.
Despertar um outro,
o camaleão na frente do espelho.
Não mais o verde, azul, vermelho.
Somente a sombra da última dimensão.
Não mais o sim e o não,
tribo da redenção,
desgosto do pai e patrão.
Tudo que deveria ser e sua velha família,
desaprendida de seguir a trilha,
a velha montanha desconhecida,
agora sim, descoberta e acesa,
tudo o que se faz sobre a mesa.
A mais secreta flor agora deposta e calada,
tem outra fachada, outra entrada, outra alma sagrada.
Esse é o destino do mestre em busca da imortalidade.
Sua alma já não comporta outra vaidade,
a não ser a de estar vivendo a vida do homem comum.
Ser mais um, mais uma e mais um.
Filhos, casa, imposto e lugar pra cair morto.
Fantástico desprendimento,
atento, seu pedido foi ouvido pelo pai,
vai em paz, segue o teu caminho, meu filho,
porque a tua sina é o meu carinho...
E assim está sobre o mundo sem ser visto
tudo o que ele havia previsto,
ainda menino, nas suas andanças paradoxais,
nas terras dos velhos cães e pardais,
do mestre lontra, do seu avô nadador,
da cidade perdida, atrás de outro contador de histórias.
E assim sua velha calma retornou e ele feliz,
distante da cansada e amada meretriz,
vai certo de que sua luz anda como sua sombra...
Toda onda agora, resumida ao tao,
ao símbolo escrito em seu coração,
ele agora é todo feito dessa velha canção,
que tantos ainda não conseguiram compreender.
Mas ele não precisa mais se defender,
simplesmente está atento, olhos abertos, mas sem desejar,
sem sonhar, sem querer outra folha aberta no seu livro,
feito de imagens, contando, cortando, implantando outras vaidades,
outras saudades, outras diversidades,
apenas crê que nada aqui tem fim.
Sabe que a morte é mais uma estranha ilusão,
como o tempo, a liberdade e a solidão.
Toda sua mente está clara e silenciosa.
Nada mais lhe apresenta essa custosa citação,
do velho senhor que morava na montanha,
que desceu e questionou a presença do pater familiae,
aquele que não interfere no processo,
o sem nome dos sem sucesso.
E nesse momento enfim,
cumpriu sua sina e fez outro fim.
terça-feira, novembro 09, 2010
Laguna
La meme chose
es la mesma cosa
que se entrelaça na lousa
dos que respiram em paz.
e nada mais
concentra o mar de riso
senão o dente conciso
a razão que vem como o orvalho
de manhã sobre a flor despercebida
assim quero o meu amor
sobre a tua vida, vivida,
nessa caminhada de jasmim...
a jornada cantada no grito primordial
não existe o bem, nem o mal
estamos finalmente despertos no desapego de viver
juntas almas, nada calmas,
ansiosos por construir a torre
final do castelo
yin azul, yang amarelo.
nilo neto
desterro
primavera de 2010
La meme chose
es la mesma cosa
que se entrelaça na lousa
dos que respiram em paz.
e nada mais
concentra o mar de riso
senão o dente conciso
a razão que vem como o orvalho
de manhã sobre a flor despercebida
assim quero o meu amor
sobre a tua vida, vivida,
nessa caminhada de jasmim...
a jornada cantada no grito primordial
não existe o bem, nem o mal
estamos finalmente despertos no desapego de viver
juntas almas, nada calmas,
ansiosos por construir a torre
final do castelo
yin azul, yang amarelo.
nilo neto
desterro
primavera de 2010
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