quinta-feira, outubro 23, 2008

te abraço com o calor do sol, em manhã fria

te abraço como um amigo que continua

que sonha ser alimento e nada mais

o trigo do moinho, o pão

o peixe compartilhado, o perdão

o vento que lembra o vôo e o segredo

a sombra que descansa a velha dor

a faca que corta o destino

o sorriso do menino na beira do rio

o desvario sem nome

toda a saudade que me consome

não chora, me abraça

que toda distância é fraca

te amo como colombo, ao ver as terras quentes do caribe

e sonhou com o paraíso perdido

e morreu ignorado e pleno

por saber que o mundo é maior que os sonhos

quinta-feira, outubro 02, 2008

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há em todo esse zumbido
um certo tom crepuscular
anímico, cataclísmico
sorumbático, enfático,
surreal
para além do bem e do mal,
pairamos todos sublimados
cansados, abismados,
conselheiros, somos nós
os desatadores de nós,
a geração que não acredita
mas também não propõe.
sem as ditas fórmulas,
nos liberta a gargalhada
da mulher amada.