terça-feira, junho 30, 2009

Acredito em todos como acredito em mim
Como doem minhas mãos
do peso da doçura que venho carregando
As queimo com cigarro
pra passar o tempo
pra passar doendo
passar o inverno
pra passar invento
passar do convento e do repúdio
ultimo refúgio
em meus dedos ateus
são meus?
meus agora
sem fé

por amanda e nilo

sexta-feira, junho 26, 2009

te amo sempre igual

e diferente

sou só um tropeço

na pedra do caminho

mesmo sozinho, sonho

com tuas mãos

nos meus cabelos

ou no que restou desse

sonho de cabeleira

ou nesse sonho de amor

tão distante

e tão comigo

amor de pássaro,

amor de amigo

amém

quarta-feira, junho 03, 2009

O sol amarelo
pinta as casas do morro
com a cor da saudade.

Pobre azul, verde vulgar,
vermelho esquecido.
Tudo caminha
na triste vaidade
do fim do dia.

E eu, pobre poeta
dos olhos embevecidos,
deixo a folia das cores
atravessar minha rotina,

carregando as retinas
pra terras distantes,
aonde mora o meu amor.